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Vender online para o Reino Unido significa entrar no principal mercado de e-commerce europeu.
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Artigo AICEP
Artigo elaborado em junho de 2023.
Vender para a Bélgica é uma opção que parece estar a consolidar-se entre as empresas portuguesas. Os dados mostram que as vendas para este país da União Europeia têm estado em crescimento, mas revelam igualmente que há ainda muitas oportunidades por explorar.
O país, cuja população é ligeiramente superior à portuguesa (11,7 milhões em 2022) tem, contudo, algumas características atrativas no que diz respeito ao comércio intracomunitário: consumidores com elevado rendimento, interesse por produtos estrangeiros e um grande desenvolvimento no e-commerce.
A Bélgica registou, em 2022, um PIB per capita de 49 815 USD. Em 2022, devido à inflação, existiu uma desaceleração face à taxa de crescimento do produto interno bruto do ano anterior (6,1%), verificando-se um acréscimo percentual do PIB de 3,1%, acompanhado por um aumento de 4,3% no consumo privado.
O país ocupa o 23.º lugar no ranking global no que respeita ao ambiente de negócios, com bons indicadores a nível de liberdade económica, transparência e competitividade.
Existem, ainda, outros dados positivos a ter em conta ao ponderar vender para a Bélgica: a localização estratégica, o facto de ser um mercado muito aberto ao exterior e uma rede de infraestruturas de transportes e de telecomunicações extremamente desenvolvida.
Produtos Químicos (24,6%), Combustíveis Minerais (13,8%), Máquinas e Aparelhos (13,1%), Veículos e Outro Material de Transporte (11,0%) e Metais Comuns (7,4%) constituíram as principais importações do mercado belga em 2021.
Ao nível dos principais fornecedores, os outros Estados-Membros da União Europeia, representam mais de metade dessas importações. No top 5, em 2021, surgiram os Países Baixos (21,1%), Alemanha (16,1%), França (10,3%) e Irlanda (5,6%) e os Estados Unidos da América, com 4,9% do total.
No que respeita às relações com Portugal, há um certo desequilíbrio na balança comercial: a Bélgica foi o 8º cliente das exportações portuguesas de bens em 2021 (o que corresponde a uma quota de 2,5%), ocupando a 7ª posição ao nível das importações (3,1%).
Produtos Químicos, Plásticos e Borracha, Máquinas e Aparelhos, Veículos e Outro Material de Transporte e Metais Comuns foram os bens mais vendidos para o mercado belga em 2021. As transações com este país intensificaram-se entre 2017 e 2021. Verificou-se um crescimento médio anual das exportações nacionais de 6,8%. Já nas importações foi de 9,3%.
Dadas as características da economia belga e as preferências dos consumidores locais, este é um mercado que oferece algumas oportunidades para as empresas nacionais.
Setores como a Moda, Agroalimentar e Bebidas, Saúde e Ciências da Vida, Aeronáutica, Espaço e Defesa, Materiais de Construção, Metal, Metalomecânica e bens de Equipamento, ou Serviços e Ambiente são apenas algumas das possibilidades que se abrem para negócios neste mercado.
Oportunidades no e-commerce
Outro aspeto bastante relevante na abordagem ao mercado belga é a importância do comércio eletrónico nos hábitos de consumo. A expectativa é que, até 2025, o e-commerce cresça a um ritmo médio anual de 14,7%, que é superior à média mundial e europeia.
Na Bélgica, 87,2% da população (ou seja, mais de 10 milhões de pessoas) é utilizadora de Internet e existe uma elevada taxa de utilização de smartphones. Os belgas são consumidores com elevadas competências digitais, que fazem com que este país seja a 29ª maior economia de mercado eletrónico a nível mundial.
Ao desenvolvimento tecnológico e ao interesse pelas compras online – o que se verifica também noutros países – somam-se outros fatores que podem constituir oportunidades para as empresas nacionais entrarem no mercado belga:
De salientar que, apesar de estes dados se referirem sobretudo ao e-commerce B2C, a tendência de crescimento também se aplica ao comércio eletrónico B2B. Se pretende vender online para a Bélgica consulte a informação de mercado no site Portugal Exporta da AICEP.
Apesar de as vendas no espaço comunitário serem facilitadas pela livre circulação e pela legislação comum, há, no que respeita às vendas intracomunitárias, vários aspetos a ter em conta. A começar pelo diagnóstico de internacionalização, que avalia o grau de preparação das empresas para o comércio internacional.
Seguem-se pontos como a seleção de mercados, as estratégias a adotar e a criação e implementação de um plano de ação para a internacionalização. A AICEP está preparada e vocacionada para prestar este tipo de apoio em todas as etapas, sendo, por isso, um bom ponto de partida antes de avançar com os negócios. Entre em contacto connosco a partir do registo na MY AICEP.
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