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04 de Junho 2024
Exportar para os Estados Unidos: o que saber

Artigo AICEP

Artigo elaborado em junho de 2022

Para muitas empresas, a ideia de exportar para os Estados Unidos pode parecer difícil de concretizar, mas a realidade é bem diferente. Sabia que os EUA foram o 4º cliente das exportações portuguesas de bens em 2021?

Embora países como Espanha, Alemanha ou França sejam destinos intracomunitários importantes para as exportações nacionais, em termos de mercados extracomunitários os EUA e o Reino Unido são os países que mais importam de Portugal. 

Por isso, talvez valha a pena conhecer melhor este mercado e o seu enorme potencial.

Exportar para os Estados Unidos: os números da maior economia mundial

Os números da maior economia mundial são argumentos capazes de convencer qualquer empresa sobre as oportunidades que pode encontrar ao exportar para os Estados Unidos: 333 milhões de habitantes, um PIB per capita da ordem de 69.067 dólares e um consumo privado que representa cerca de 70% do PIB. Os EUA são, também, o país que mais importações faz.

A economia norte-americana já recuperou da contração de 3,4% sofrida em 2020 por causa da pandemia. Em 2021, cresceu 5,7% e espera-se um crescimento de cerca de 3,4% em 2022.

Entre as oportunidades de negócio para as empresas portuguesas estão setores como a saúde (nomeadamente os equipamentos de proteção individual e produtos inovadores), digitalização da economia e produtos sustentáveis. Num país onde cerca de 250 milhões de pessoas fizeram compras online em 2021, exportar através do e-commerce surge como uma opção bastante interessante.

Apesar da sua dimensão e da importância da sua economia, os Estados Unidos da América são um dos países do mundo onde é mais fácil fazer negócios e o que tem melhor ambiente para os negócios digitais.

Importações, exportações e relação com Portugal

Em 2021, o valor das importações norte-americanas rondou os três mil milhões de dólares, sendo que a importação de Máquinas e Aparelhos representou mais de um quarto desse valor (28,8%). Seguiram-se Veículos e Outro Material de Transporte (10,7%), Produtos Químicos (10,0%), Combustíveis Minerais (7,6%) e Metais Comuns (5,8%).

China, México, Canadá, Japão e Alemanha foram os países de origem de 53,6% das importações.

As principais exportações foram Máquinas e Aparelhos, Combustíveis Minerais, Veículos e Outro Material de Transporte, Produtos Químicos e Produtos Agrícolas. Quase metade (49,9%) das exportações tiveram como destino Canadá, México, China, Japão e Coreia do Sul.  

Portugal não é um dos principais clientes ou fornecedores externos dos EUA, mas o peso das importações dos Estados Unidos na economia portuguesa é considerável. O mercado norte-americano representou 8,4% das exportações portuguesas de bens em 2021. Este é um valor que tem crescido a uma média anual de 6,9%. Apesar de também terem crescido as importações vindas dos EUA, a balança comercial de bens foi favorável ao nosso país, com excedente de 1.555 milhões de euros.

Combustíveis Minerais (20,0% do total), Máquinas e Aparelhos (9,8%), Produtos Químicos (8,8%), Plásticos e Borracha (8,5%) e Matérias Têxteis (8,4%) são as principais categorias de produtos que compõem as exportações portuguesas para os Estados Unidos.

7 recomendações para exportar para os Estados Unidos

Exportar para os Estados Unidos pode ser um processo mais fácil se tiver em conta alguns aspetos essenciais para entrar de forma bem-sucedida nesse mercado. Conheça algumas recomendações que deve ter em conta.  

1. Conhecer as regras em vigor

Confirmar que não existem restrições à entrada de produtos e que as regras em vigor são cumpridas. Por exemplo, deve garantir (porque a lei assim o exige) que os rótulos estão escritos em inglês e que o país de origem do produto está identificado. A documentação que acompanha os produtos também deve estar redigida em inglês.

O controlo na importação de produtos alimentares é rigoroso e exige um registo junto da FDA (Food and Drug Administration) que deve ser periodicamente renovado.

No âmbito do “Food Safety Modernization Act”, as empresas que importam produtos alimentares devem assegurar que os seus fornecedores estrangeiros efetuam um controlo de qualidade adequado, que possa garantir a segurança dos respetivos produtos.

No caso dos produtos Agroalimentares de Origem Animal e Vegetal, podem ser necessários acordos entre os serviços veterinários/fitossanitários portugueses e norte-americanos.  

2. Ter informação atualizada

É importante conhecer a legislação relacionada com as exportações para os Estados Unidos, mas deve assegurar-se que está a par das atualizações. 

Por exemplo, as leis federais e estatais e as exigências relacionadas com a rotulagem dos Produtos Alimentares podem ter sofrido atualizações durante a pandemia e é necessário verificar se continuam em vigor. 

3. Escolher o meio de pagamento correto

Uma das formas de minimizar os riscos associados à exportação, sobretudo num país como os Estados Unidos, é escolher meios de pagamento credíveis, como uma carta de crédito confirmada e irrevogável. 

É uma opção que oferece segurança, já que constitui uma garantia de pagamento a favor do exportador. 

4. Ter atenção aos prazos

Acautelar o cumprimento dos prazos de entrega e de pagamento é essencial para que as suas relações comerciais sejam bem-sucedidas. No caso concreto dos Estados Unidos, e dada a importância e dimensão deste mercado, há que garantir que não existem falhas nestes aspetos.

5. Prestar um bom serviço ao cliente

A satisfação do cliente e uma especial atenção ao serviço pós-venda são fundamentais para a fidelização do mercado norte-americano. Uma boa assistência técnica e a apresentação de informação adicional detalhada devem merecer especial atenção, já que os clientes são exigentes e a concorrência forte.

6. Ter presença local

Garantir uma presença estável no terreno, quer através de parcerias locais ou da criação de uma empresa, é uma hipótese que deve ter em conta ao exportar para os Estados Unidos. 

Caso pretenda criar um estabelecimento estável, certifique-se que escolhe um estado onde a legislação possa ser mais favorável ao desenvolvimento do seu negócio. É igualmente importante conhecer os meios de financiamento mais adequados. 

7. Obter o aconselhamento adequado

Sendo um mercado extracomunitário, de grande dimensão e geograficamente distante, pode trazer alguns desafios às empresas portuguesas. Por isso, é importante beneficiar, sempre que possível, de aconselhamento por parte de entidades conhecedoras da realidade deste país e das normas relacionadas com a exportações para os EUA. 

A AICEP é um parceiro fundamental para aconselhar neste processo de exportação para os Estados Unidos. Registe-se na área de cliente MY AICEP e dê o primeiro passo.

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