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Artigo AICEP
Artigo elaborado em julho de 2022.
Além da exportação propriamente dita, internacionalizar a sua empresa também pode significar apostar no Investimento Direto Português no Estrangeiro (IDPE). Abrir uma filial no exterior poderá ser uma opção a considerar na estratégia de internacionalização da sua empresa.
Mas como funciona este processo? Quais as vantagens e desvantagens de abrir uma subsidiária da sua empresa num mercado externo? Por que deve considerar esta estratégia no processo de internacionalização da sua empresa?
Sole Venture é uma estratégia de internacionalização que passa por abrir uma filial no exterior 100% detida pela empresa-mãe. Ou seja, na prática, uma empresa investe na abertura de uma filial no estrangeiro e assume total controlo da sua atividade e propriedade. Esta filial poderá ser uma nova empresa construída de raiz, ou, a aquisição de uma empresa já existente.
É uma estratégia que comporta alguns riscos, desde logo o elevado investimento à cabeça, mas que poderá ser muito lucrativa a longo prazo. Tudo dependerá do porte da empresa, a sua capacidade de produção e o respectivo capital de investimento.
Dependendo da estratégia adotada, a filial no exterior servirá um de três possíveis fins, e como tal podemos enquadrá-la numa das seguintes categorias: as filiais comerciais, produtivas e de captação de conhecimentos.
As filiais comerciais desenvolvem a sua atividade ao nível da venda, promoção e serviço pós-venda de produtos e serviços oriundos da empresa-mãe, enquanto que as filiais produtivas têm uma capacidade e atividade industrial própria e independente que vai muito além do mero armazenamento ou embalamento de produtos.
Por outro lado, as filiais de captação de conhecimentos têm como principal objetivo acompanhar e densificar os processos de inovação e desenvolvimento tecnológico no estrangeiro em articulação com a estratégia assumida pela empresa-mãe.
Independentemente da tipologia da filial, esta estratégia acarreta vantagens e desvantagens, algumas inerentes ao próprio processo de internacionalização e outras mais particulares.
A principal vantagem desta estratégia de internacionalização é indiscutivelmente o total controlo de todas as operações e atividades da filial instituída. A atuação no modus operandi empresarial é direta, rígida e incontornável. Este elo entre empresas permite maior facilidade quer na utilização e integração de processos e procedimentos, quer na gestão de recursos e competências. Poderíamos ainda acrescentar: uma maior proteção de propriedade intelectual.
Decorrente desta atuação direta, outra das grandes vantagens em obter uma filial é precisamente o contacto com o mercado local. Não só é possível compreender e conhecer melhor as suas particularidades, mas também permite um estreitamento na relação com o cliente, aumentando a sua credibilidade, fidelidade e confiança.
Atuando diretamente no país estrangeiro através da filial, o acesso a matérias-primas é mais fácil e rápido. Além disso, existem benefícios ao nível dos custos de recursos humanos e do não pagamento de direitos à importação.
As desvantagens
Em contrapartida, o investimento através duma filial comporta custos elevados: custos de abertura, de produção, de manutenção. Basicamente todos os custos associados com a expansão comercial, uma vez que para todos os efeitos a filial é considerada como empresa-filha, cuja inteira responsabilidade é da empresa-mãe.
Uma vez que estão dissociadas no respeitante ao espaço físico e dada a dependência da filial, a empresa-mãe ficará vulnerável e suscetível às influências económicas e políticas do país da filial. Qualquer variação terá consequências em ambas, dado o seu especial vínculo.
O processo de internacionalização é complexo e comporta riscos, mas também muitas oportunidades. Ainda assim, investir no estrangeiro requer uma criteriosa análise prévia, estudos, prospeções e avaliações de mercado.
Através da AICEP poderá ter acesso a esta importante informação de mercado na MY AICEP, onde disponibilizamos:
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