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Saiba como gerir os riscos da internacionalização com o apoio dos parceiros certos.
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Artigo elaborado em abril de 2022.
Para crescer é preciso arriscar. Por isso, os riscos da internacionalização não devem ser vistos como um obstáculo e sim, como um desafio para que a sua empresa conquiste novos mercados. Conhecê-los, prever o impacto que podem ter no seu negócio e saber como os contornar são passos fundamentais para que o processo decorra de forma previsível e segura.
O que trava o crescimento de muitas empresas? Precisamente o receio de arriscar. Este é um facto que se aplica não só aos processos de internacionalização, mas também a quem trabalha apenas no mercado interno.
No entanto, a perspetiva de avançar para a exportação, por se tratar de um passo rumo a algo desconhecido, pode gerar preocupações extra. Existem, realmente, riscos relacionados com a internacionalização. Ainda assim, um bom planeamento e o apoio dos parceiros certos podem reduzir drasticamente esses riscos.
Para as empresas que estão a dar os primeiros passos no seu processo de internacionalização todos os procedimentos são novos e, por isso, há vários aspetos a ter em conta antes de concretizar esse objetivo.
Procedimentos Legais e Regulatórios
O desconhecimento pode ser considerado um dos maiores riscos. Não conhecer o mercado, o ambiente de negócio, os potenciais clientes e, sobretudo, o quadro legislativo e fiscal do país de destino é assumir um risco considerável. Mas, como veremos, não tem necessariamente de ser um entrave.
Entre os riscos que mais preocupam os gestores estão, justamente, as suas responsabilidades, nomeadamente a responsabilidade civil associada à tomada de decisões num contexto que não lhes é familiar.
As próprias empresas estão sujeitas a questões relacionadas com responsabilidade civil associada, por exemplo, a defeitos de fabrico. A eventual retirada de produtos, processos legais e consequentes prejuízos financeiros são riscos que as empresas menos informadas podem correr.
Questões relacionadas com a qualidade ou incumprimento das normas existentes em determinados mercados podem, ainda, ter consequências ao nível da reputação da marca, que são sempre difíceis de gerir e ultrapassar.
Neste contexto, pode ser muito importante obter assessoria especializada, por exemplo, de um despachante oficial ou transitário, para assegurar o cumprimento de todas as normas, regras e procedimentos vigentes no mercado relacionadas com a importação dos produtos, nomeadamente, os requisitos específicos respeitantes às certificações, licenças, inspeções e normas técnicas de embalagem e rotulagem, tributação aduaneira e demais formalidades (consultar https://trade.ec.europa.eu/access-to-markets/en/home). Devem também ser tidas em conta eventuais restrições à introdução do produto no mercado e a existência de acordos de comércio ou de processos de habilitação.
Segurança laboral e de mercadorias
Sobretudo no caso de eventuais investimentos diretos no mercado, os riscos decorrentes da internacionalização podem também estar relacionados com colaboradores, quer sejam funcionários deslocados para esses países, quer se trate de mão-de-obra local.
Questões como a saúde e segurança no trabalho são essenciais e devem ser acauteladas, por exemplo, com seguros, mas existem também situações em que o próprio contexto do país - por razões sanitárias ou de insegurança - pode trazer preocupações acrescidas.
A questão da segurança é, aliás, bastante importante, quer para os colaboradores, quer para as próprias mercadorias e instalações que a empresa tenha no local. A internacionalização para países política e economicamente instáveis ou com elevados níveis de criminalidade tem um nível de risco maior do que a que se faz para os mercados da UE.
Numa altura em que muitas empresas optam pelo e-commerce para desenvolverem processos de internacionalização, as preocupações com a cibersegurança também não devem ser esquecidas.
Crédito
Outra das preocupações quando se avança para um mercado desconhecido diz respeito ao crédito, sobretudo quando a internacionalização é feita sem o apoio de entidades parceiras experientes.
Como garantir que recebe os seus pagamentos? Este é um dos riscos a avaliar com mais cuidado, já que pode ter consequências sérias a nível financeiro que podem pôr em causa a própria estabilidade da empresa.
Avaliar cada um destes riscos é essencial. Embora existam riscos mais subjetivos do que outros, é essencial perceber a probabilidade da sua ocorrência e avaliar o impacto que terá na sua empresa e na operação nesse mercado.
Defender marcas e patentes, através do respetivo registo, fazer face à concorrência nos mercados externos desenvolvendo vantagens competitivas, dispor de recursos humanos, técnicos e financeiros adequados ao processo de internacionalização, recorrer a informação estratégica relevante que permita o conhecimento dos mercados e das oportunidades neles geradas e deter capacidades de gestão interativa e de organização compatíveis com as complexidades inerentes a um processo desta natureza são aspetos a ter em conta.
Para minimizar os riscos da internacionalização deve certificar-se que a sua empresa reúne condições de viabilidade estratégica, económica, financeira e técnica que permitam a expansão bem-sucedida dos negócios no exterior e atuar de forma prudente, responsável e gradual.
A avaliação e uma política de gestão dos riscos devem fazer parte da sua estratégia de internacionalização, sobretudo quando visa mercados mais distantes ou cujas características políticas, económicas e sociais os tornem mais suscetíveis aos riscos que referimos. Quanto mais rigorosa for a avaliação de risco, maior a probabilidade de sucesso.
Encontrar os parceiros certos
A sua empresa não tem necessariamente de avançar para a internacionalização como quem dá um “tiro no escuro”. A AICEP é a parceira certa para lhe prestar o apoio de que precisa, traçar um plano de ação e acompanhá-lo em todos os passos do processo de internacionalização da sua empresa.
Além do acompanhamento personalizado por parte de um gestor de cliente, na área de cliente MY AICEP encontrará uma análise detalhada do mercado de destino, do ambiente de negócios, do quadro legal e regulamentar em vigor, estudos de mercado e um conjunto de ferramentas e serviços exclusivos para empresas exportadoras ou que estão a iniciar o processo de internacionalização.
Lembre-se que quanto mais cedo antecipar os riscos da internacionalização, mais hipóteses de sucesso terá a sua estratégia de internacionalização. Conte sempre com o apoio da AICEP.
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