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Artigo AICEP
Artigo elaborado em janeiro de 2024.
Dimensão, poder de compra e maturidade digital são algumas das razões para começar a vender online para os EUA. Saiba mais.
Vender online para os EUA é a oportunidade de entrar num dos mercados com maior potencial de vendas no e-commerce. Com mais de 340 milhões de consumidores, grande apetência para as compras online e boas condições em termos logísticos, os Estados Unidos são uma forte opção a considerar na internacionalização.
Quando se fala de comércio eletrónico, é inevitável não pensar nos Estados Unidos e na dimensão que as compras online atingem neste país. Apenas a China rivaliza com os norte-americanos em termos de dimensão de mercado e maturidade digital, mas ficando muito aquém no que toca ao gasto médio online.
Num país com cerca de 338 milhões de habitantes, 313,6 milhões são utilizadores de internet. A taxa de penetração da internet é de 92,7%, bastante superior à média mundial (70,5%), tal como acontece com os smartphones (91,7% nos EUA, 65,8% no mundo). Estes valores deverão subir nos próximos anos, esperando-se que, em 2027 sejam de 97,0% e 95,4%, respetivamente. Estes e outros fatores, fazem com que os EUA liderem o ranking de melhor ambiente para negócios digitais (2020 Enabling Digitalization Index).
Em 2022, a percentagem de consumidores via e-commerce era de 79,3% e deverá continuar a crescer, alcançando os 83,7% em 2027, bastante acima da média mundial (66%).
Os Estados Unidos têm igualmente um bom desempenho em termos logísticos (17.º lugar em 139 países, no 2023 Logistics Performance Index), com excelentes ligações ferroviárias, rodoviárias, aéreas e uma rede logística evoluída. Os principais operadores logísticos (UPS, FedEx, USPS - United States Postal Service, XPO Logistics e DHL International) estão presentes no país.
O mercado de e-commerce norte-americano caracteriza-se igualmente pelo crescimento do segmento B2B, em que os EUA são já o quarto maior mercado do mundo.
No que diz respeito ao B2C, o crescimento médio anual até 2027 deverá ser de 11,4%, prevendo-se que atinja os 1 450 mil milhões de dólares nesse mesmo ano. Nesse período, os setores da alimentação e das bebidas deverão registar um crescimento médio anual de 24,8% e 16,0%, respetivamente.
Cada norte-americano gasta, em média, 3422 dólares por ano em compras online. Um valor que vai continuar a subir a um ritmo anual de 6,5% até 2027 e que está bastante acima do que despendem os e-consumidores chineses (1190 USD) ou os portugueses (946 USD).
Além de terem um forte domínio tecnológico, os consumidores dos EUA encaram as compras online como uma necessidade básica, apesar de se intensificar em datas como a Black Friday, Dia de Ação de Graças e Cyber Monday.
Nas suas compras recorrem sobretudo ao computador portátil e ao smartphone (cada vez mais). Dois terços dos consumidores têm entre os 25 e os 54 anos e 67,9% estão em escalões de rendimentos médios e altos.
Os e-consumidores dos EUA têm confiança no comércio eletrónico, mesmo quando os vendedores são estrangeiros. O grau de confiança nas transações também é alto, mas esperam que tudo, incluindo os pagamentos, se processe com rapidez e simplicidade
Os marketplaces são os locais preferidos para as compras online, mas as vendas nas redes sociais têm vindo a crescer.
Preços competitivos, descontos, promoções, envios e devoluções gratuitos e diversidade de oferta cativam este tipo de consumidor, que valoriza os produtos “made in USA e que se preocupa cada vez mais com as questões da sustentabilidade.
A dimensão e o ritmo de crescimento do mercado de comércio eletrónico norte-americano são duas fortes razões para que as empresas portuguesas ponderem vender online para os EUA.
A maturidade digital e a experiência dos consumidores online – que dominam as ferramentas tecnológicas com grande facilidade – constitui, igualmente, uma oportunidade para empresas que queiram alargar a sua base de clientes.
Outra razão para ponderar a entrada no mercado dos EUA é o facto dos norte-americanos optarem cada vez mais por comprar em marketplaces, já que esta modalidade é, para as empresas, menos dispendiosa do que criar e manter um loja online.
As boas condições logísticas também contribuem para fazer dos Estados Unidos um mercado apelativo para as exportações online.
Como os EUA é país federal, composto por vários Estados, existem regras a nível estadual, como é o caso da legislação de proteção de dados, que complementam a legislação federal. Assim, é importante ter em conta este tipo de especificidades não só em termos legais, mas também tributários (direitos aduaneiros e impostos) ou culturais.
Ao vender online para os EUA é ainda necessário ter em conta todos os procedimentos, formalidades e documentação necessários para enviar e colocar os seus produtos no mercado norte-americano. Deve também ter em conta as regras de rotulagem e embalagem aplicada no país, bem como atender às questões ambientais.
As questões logísticas e a experiência do consumidor, nomeadamente no que respeita a trocas, devoluções e rastreabilidade das encomendas são pontos importantes na abordagem a este mercado.
Para mais informação, consulte os dados que a AICEP reuniu sobre e-commerce nos EUA.
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