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Conheça os marketplaces mais apetecíveis e as razões pelas quais deve ponderar vender na China.
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Com apenas oito anos de atividade, o Shopee já chegou a mais de dez países e soma milhões de vendedores e compradores. É um caso de sucesso nos países do Sudeste Asiático, mas também na América do Sul.
Embora não seja muito conhecido junto dos consumidores europeus (chegou a estar presente na Polónia, mas encerrou, entretanto, a operação no país), o marketplace Shopee tem uma forte presença na Ásia.
Além do potencial em termos de dimensão de mercados, este marketplace B2C tem outras vantagens para as empresas que escolham usar este canal para vender os seus produtos.
O Shopee é um e-marketplace horizontal que surgiu em 2015, tendo como público-alvo a região do Sudeste Asiático e Taiwan. Avançou depois para o Brasil e outros países da América Latina, estando atualmente presente na Indonésia, Taiwan, Vietname, Tailândia, Filipinas, Malásia, Singapura, Brasil, México, Colômbia e Chile.
O objetivo desta plataforma one-stop (ou seja, que vende um pouco de tudo) é proporcionar aos utilizadores a melhor experiência, disponibilizando uma enorme diversidade de artigos em várias categorias. Permite que os próprios consumidores possam tornar-se afiliados e obtenham vantagens pelo facto de promoverem o site e os seus produtos, criando assim uma comunidade mais vasta de utilizadores.
Conhecido como a “Amazon do Sudeste Asiático”, o Shopee pertence ao grupo de TI Sea, com sede em Singapura.
Uma história com avanços e recuos
A plataforma teve um enorme crescimento durante a época da pandemia. Embora se tenha, entretanto, retirado da Polónia e da Argentina (onde não conseguiu impor-se devido ao domínio do concorrente Mercado Libre) e fechado os escritórios no México, Colômbia e Chile – países para os quais continua a vender através do comércio transfronteiriço – está em crescimento no competitivo mercado brasileiro. Tem cerca de dois milhões de vendedores registados no país, onde outros marketplaces asiáticos, como a Shein e o AliExpress também têm uma presença significativa.
As reestruturações feitas em 2022 e no início de 2023 parecem ter surtido efeito e, após alguns números menos animadores, a plataforma tem obtido resultados financeiros positivos.
Moda, Casa e Beleza são as categorias mais populares, mas o Shopee tem artigos tão diversos como Informática, Brinquedos, Alimentação, Desporto, Gadgets ou Eletrodomésticos.
Embora a venda de álcool seja permitida, é necessária uma licença válida e aprovada pela plataforma. Dado que este marketplace opera em vários países que podem ter regras e legislação bastante específicas, os vendedores devem procurar informar-se sobre as normas em vigor em cada país e para cada produto.
Uma das principais vantagens do Shopee é dar acesso a mercados do sudeste asiático e América Latina, regiões populosas onde o e-commerce está em crescimento. Só no ano de 2017, a app da plataforma teve mais de 80 milhões de downloads.
Há ainda a ter em conta que cerca de 74% do tráfego gerado pelo Shopee provém de dispositivos móveis, o que indica uma grande apetência para compras online por parte dos consumidores.
A ausência de comissões de registo, as baixas comissões nas vendas e a facilidade na criação da loja online e nos envios são, igualmente, pontos a favor deste marketplace.
O Shopee proporciona ainda apoio logístico aos vendedores na preparação, rastreamento e entrega das encomendas.
As ferramentas de marketing, que incluem campanhas em dias especiais (como 9.9 ou 11.11), livestreams e ativações são uma mais-valia desta plataforma. Já o Shopee Seller Centre permite aos vendedores fazer uma gestão eficaz de clientes, medindo o desempenho das vendas.
A plataforma também dá acesso a ações como cursos e webinars, que ajudam a potenciar as vendas e a dinamizar a comunidade de vendedores.
O primeiro passo para vender no Shopee é criar uma conta fazendo a verificação de contactos. No Seller Centre pode começar a criar o perfil da sua loja, carregando vídeos e fotografias que sejam importantes para a identidade da sua marca.
O passo seguinte será começar a adicionar artigos à sua loja, inserindo a descrição, características, preço e stock. Para cada artigo é importante ter fotografias profissionais e com boa resolução que tornem o produto apelativo para os consumidores. Deve também incluir os detalhes para expedição, como prazos e preços.
Para garantir que o consumidor tenha a melhor experiência de compra, é importante cumprir prazos e ter disponibilidade para responder a eventuais dúvidas dos clientes.
O vendedor só paga comissões pelas vendas efetuadas. Os valores das comissões dependem do tipo de produto, programas a que aderiu ou métodos de pagamento que disponibiliza.
Exportar através do e-commerce é uma possibilidade que as empresas nacionais não devem ignorar, mas que exige, antes de tudo, um diagnóstico preciso sobre o grau de preparação para palmilhar este caminho.
Para estabelecer um projeto de e-commerce sólido, é fundamental conhecer oportunidades, desafios, normas e enquadramento legal, bem como um conjunto de boas práticas em marketplaces.
A AICEP disponibiliza as ferramentas e o apoio necessários, bastando, para isso, fazer o registo na MY AICEP.
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