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Saiba como exportar através do e-commerce com este guia para PME da AICEP.
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Se o e-commerce faz parte da estratégia de internacionalização do seu negócio e está a ponderar entre Amazon ou Alibaba, é importante que, antes da tomada de decisão, perceba as semelhanças e diferenças entre cada marketplace. Embora sejam plataformas de comércio eletrónico de alcance global, com milhões de utilizadores, cada uma tem características próprias.
Sendo o e-commerce cada vez mais importante nas exportações e dada a importância destas plataformas (que estão entre os maiores marketplaces do mundo), é natural que muitas empresas avaliem a possibilidade de vender na Amazon ou no Alibaba para conseguirem chegar a novos mercados.
Embora seja possível estar em ambas, essa é uma realidade que pode não estar ao alcance de todas empresas, pelo que escolher uma das opções será a hipótese mais natural. Saiba o que caracteriza cada uma, compare e avalie qual a solução que mais se adequa ao seu negócio.
Mundialmente conhecidas e com milhões de clientes, a Amazon e o Alibaba são, também, líderes de mercado nos seus próprios países. Em 2022, segundo dados do Statista, quase metade das compras online foram feitas nestas duas plataformas.
Numa análise que envolveu 40 países, verificou-se que a Amazon teve um peso de 27% do e-commerce internacional e que o Alibaba representou 17% das compras online cross border. O 3.º lugar deste ranking é ocupado pelo eBay, mas com um alcance mais modesto (9%).
Em 2022, a Amazon foi responsável por 45% das vendas online nos EUA. Faturou, a nível global, 513 983 milhões de dólares e foi o marketplace mais visitado na Europa. O Alibaba teve um volume de negócios de 114 347 milhões de euros, sendo que 76 706 milhões de euros foram obtidos só no mercado chinês.
Apesar da dimensão e do seu papel de relevo entre os marketplaces mundiais, Amazon e Alibaba têm, na prática, várias diferenças em termos operacionais. A primeira é o segmento: enquanto a Amazon está centrada no B2C, o Alibaba opera no B2B. Este é, assim, o primeiro ponto a ter em conta na escolha.
Com quase dois milhões de vendedores inscritos e cerca de 300 milhões de visitas mensais só na Europa, a empresa norte-americana distingue-se da maior parte da concorrência pelos serviços complementares.
Assim, além de vender na Amazon, uma empresa pode delegar neste marketplace as tarefas de armazenamento, embalagem, entrega e serviço pós-venda. Para as empresas que não têm estrutura financeira ou logística, ou que querem centrar-se apenas na venda e prospeção de clientes, esta solução mais completa pode ser a mais adequada.
A Amazon disponibiliza igualmente ferramentas de marketing, como relatórios e análises de dados, essenciais para que os vendedores possam melhorar o desempenho das vendas. Já as ferramentas gratuitas de tradução e publicação permitem alcançar os principais mercados. Outra ferramenta útil é que, com apenas uma conta, também é possível gerir os inventários dos cinco sites europeus (Amazon.co.uk, Amazon.fr, Amazon.de, Amazon.it e Amazon.es).
À visibilidade desta plataforma junta-se a credibilidade, já que os clientes confiam na marca Amazon, mesmo desconhecendo o vendedor. Será, por isso, uma montra importante para a afirmação dos seus produtos em mercados internacionais.
Como vender na Amazon?
Este marketplace disponibiliza dois tipos de planos (individual e profissional) e cada um tem os seus preços e serviços associados.
O plano profissional tem um custo mensal de 39 euros, a que acrescem comissões mensais que dependem do produto. É este plano que dá acesso a recursos de gestão, formação e opções de publicidade essenciais para que uma empresa possa destacar-se.
Uma das desvantagens é que as empresas nacionais têm de fazer o registo no site espanhol, sendo a distribuição feita a partir do centro logístico em Madrid.
A empresa chinesa tem cerca de dois milhões de vendedores e opera em mais de 200 países e regiões, sendo, no segmento B2B, uma referência de dimensão comparável ao que a Amazon é no B2C.
Tal como a Amazon, uma das principais vantagens deste marketplace é a sua visibilidade, embora o processo de venda seja diferente.
No Alibaba, os potenciais clientes chegam até aos seus fornecedores através de pesquisas com base em palavras-chave. Depois, podem fazer RFQ (cotação a fornecedores), pedindo, de forma pública, propostas de orçamento ou contactar individualmente o vendedor (através das denominadas Inquiries) para saber preços e condições.
Dada a dimensão do Alibaba, é importante ter ferramentas para que o seu negócio se possa destacar da concorrência. Assim, além da atenção que deve ser dada à descrição dos produtos – incluindo as palavras-chave certas e imagens e vídeos apelativos – é necessário ter uma equipa para responder, de forma rápida e eficaz, aos RFQ e Inquiries.
Através da plataforma pode obter informações úteis sobre potenciais clientes e concorrentes, o que é importante para definir estratégias de marketing ou para avaliar as que têm sido usadas.
Como vender no Alibaba?
Para começar a vender no Alibaba a primeira coisa a fazer é abrir uma conta.
A melhor forma de se destacar nesta plataforma é escolher um dos Pacotes de Gold Supplier, um sistema semelhante a uma assinatura premium e que permite tirar partido de serviços e ferramentas muito úteis.
Os preços dependem do tipo de pacote que pretende e estão sob consulta na página do Alibaba.
Além de um melhor posicionamento nos resultados de pesquisas e do consequente aumento de contactos e vendas, terá acesso às Biz Trends. Este é um recurso fundamental para, com base em dados estatísticos, conhecer o mercado e definir a melhor estratégia.
Agora que conhece melhor as duas plataformas, há que comparar as soluções, vantagens e desvantagens de cada uma e perceber, mediante as características e exigências do seu negócio, qual a solução mais adequada.
Se ainda tem dúvidas quanto ao início do processo de internacionalização ou sobre o grau de preparação da sua empresa para o e-commerce, será útil contar com as ferramentas disponibilizadas na área reservada MY AICEP. Comece por fazer um diagnóstico de e-commerce à sua empresa para perceber se está pronta para dar este passo. Depois disso, conte com os recursos e o apoio da equipa da AICEP para, quem sabe, traçar o seu projeto de internacionalização online.
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