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Etapas, requisitos, documentação. Saiba como funciona a exportação de mercadorias.
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Artigo AICEP
Artigo elaborado em abril de 2024.
Ao vender para a Suécia, a sua empresa entra num mercado competitivo, mas com elevado potencial. Conheça alguns indicadores económicos.
Vender para a Suécia representa a oportunidade de colocar produtos portugueses numa das economias mais desenvolvidas do mundo e que tem já uma boa relação comercial com Portugal.
O elevado poder de compra, a estabilidade e a facilidade em fazer negócios são apenas alguns dos bons indicadores que tornam este país nórdico apelativo para as exportações portuguesas. Conheça os factos e números que transformam o mercado sueco numa boa oportunidade.
A Suécia possui uma das economias mais desenvolvidas e competitivas do mundo. Com cerca de 10 milhões de habitantes e uma posição de liderança entre as economias nórdicas, regista um PIB per capita de 56 434 USD, um dos mais elevados da União Europeia (UE).
O país tem como pontes fortes um sistema assente nas tecnologias de ponta, um vasto leque de benefícios sociais e elevados padrões de vida. Na economia sueca destacam-se setores como a indústria transformadora (como é o caso da siderurgia), o automóvel e as telecomunicações.
A qualidade das infraestruturas e a estabilidade das finanças públicas são outros fatores que contribuem para a boa reputação da Suécia e para o seu bom desempenho nos rankings internacionais. O país situa-se no top 10 dos principais rankings: 7.º lugar no ambiente de negócios, 8.º lugar em competitividade e 9.º na facilidade de fazer negócios.
A maturidade tecnológica, o elevado grau de qualificação da população e a sofisticação da sua cultura empresarial fazem com que seja um destino atrativo para investimento estrangeiro, sobretudo na área tecnológica.
Retoma em 2024
Apesar dos bons indicadores económicos, como o PIB e o PIB per capita, a Suécia foi afetada por uma assinalável taxa de inflação (taxa de 6% em 2023), o que se refletiu num desempenho menos favorável das exportações e do investimento, bem como na erosão do poder de compra. A subida das taxas de juro e dos preços de matérias-primas como o petróleo e o gás natural, aliada ao abrandamento económico da União Europeia, resultou na estagnação da economia (0,0%).
No entanto, o ano de 2024 já deverá ser marcado pela retoma. Prevê-se um aumento da procura interna e externa e a desaceleração da inflação (que deverá ficar nos 2,7%), fatores que deverão contribuir para um crescimento do PIB real na ordem dos 0,4%.
Os setores Alimentar e Vinhos, Moda, Construção e Energias Verdes são boas apostas para as empresas que ponderam vender para a Suécia.
A Suécia efetuou, em 2022, importações no valor de 202 mil milhões de USD, o que representou uma subida em relação aos 187 mil milhões de USD em 2021. Máquinas e Aparelhos (23,2%), Combustíveis Minerais (14,1%), Veículos e Outro Material de Transporte (10,2%), Produtos Químicos (9,0%) e Metais Comuns (9,0%) foram os setores com mais peso nas compras ao estrangeiro.
No que diz respeito a fornecedores, mais de metade das importações (51%) foram provenientes de apenas cinco países (quatro deles europeus): Alemanha (15,3%), Noruega (11,8%), Países Baixos (10,6%), China (7,0%) e Dinamarca (6,4%).
Exportações a crescer
Embora Portugal não figure na lista dos 20 maiores fornecedores da Suécia, este país nórdico tem algum peso nas exportações portuguesas de bens. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2022 foi o 11.º cliente das exportações portuguesas de bens, com uma quota de 1,3%.
Máquinas e Aparelhos (22,8%), Minerais e Minérios (11,9%), Veículos e Outro Material de Transporte (11,1%), Vestuário (10,5%) e Metais Comuns (8,1%) foram as categorias com maior representação nas exportações.
Vender para a Suécia é uma tendência que se tem reforçado nos últimos anos. Entre 2018 e 2022, registou-se um crescimento médio anual de 14,9% nas exportações. Todavia, dado que as importações se revelaram mais significativas, a balança comercial de bens foi desfavorável para Portugal.
As vendas para a Suécia são simplificadas pelo facto de este país pertencer à União Europeia, o que significa que existe livre circulação de mercadorias e não há formalidades alfandegárias.
Ainda assim, há que ter em conta que, mesmo as vendas intracomunitárias implicam o cumprimento de regras relativas aos produtos e de certas formalidades. A declaração de conformidade e a declaração Intrastat são apenas dois exemplos de exigências que as empresas devem respeitar.
Além das formalidades e requisitos legais, é importante que as empresas que vendem para a Suécia tenham um conhecimento mais detalhado do mercado e das preferências dos consumidores locais.
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