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Uma das principais razões para vender online para o Japão é o facto de ser um dos maiores mercados de e-commerce do mundo. Saiba porquê.
Vender online para o Japão é uma oportunidade de chegar a um dos países tecnologicamente mais avançados do mundo, onde o comércio eletrónico faz parte do quotidiano dos consumidores e continua a crescer.
As relações comerciais entre Portugal e o Japão têm vários séculos e podem ser reforçadas num contexto de e-commerce internacional. Num mercado com mais de cem milhões de utilizadores de internet, são várias as possibilidades para as empresas portuguesas. Vender online para o Japão é, também, uma oportunidade de expansão para outros mercados asiáticos próximos.
O Japão é o terceiro maior mercado de e-commerce do mundo, logo depois da China e dos Estados Unidos. Num país tecnologicamente desenvolvido e intrinsecamente ligado a algumas das mais importantes inovações tecnológicas das últimas décadas, não é de estranhar a familiaridade da população com os recursos digitais.
O país tem cerca de 102 milhões de utilizadores de internet e uma elevada taxa de penetração de internet (82,7%, um número superior à média mundial) e de smartphones (80,5%). Nos próximos anos estes indicadores devem aumentar gradualmente.
Segundo os dados do “Enabling Digitalization Index”, o Japão tem um ambiente propício aos negócios digitais e recursos tecnológicos que beneficiam o comércio eletrónico. As compras online são, por isso, uma parte do quotidiano, prevendo-se, a curto prazo, uma subida quer no mercado de e-commerce, quer no gasto médio por comprador.
No panorama de e-commerce no Japão destacam-se dois marketplaces: a amazon.co.jp e a Rakuten.
Logística exemplar
O desempenho logístico (92/100) é outro ponto a favor na possibilidade de vender online para o Japão.
A rede de infraestruturas tem uma excelente qualidade e os serviços de logística são bastante desenvolvidos e eficientes.
As diversas opções de entrega disponíveis e a forma rápida e pontual como as encomendas chegam aos seus destinatários são, igualmente, aspetos a ter em conta quando se pretende vender online para o Japão.
A rede postal é rápida e conectada e permite uma monitorização praticamente instantânea dos envios, o que aumenta a satisfação dos consumidores e permite, aos vendedores, uma melhor gestão das entregas.
O Japão é um dos mercados mais atrativos no contexto do e-commerce global, com indicadores que refletem um potencial de crescimento significativo, embora próximo da maturidade.
O país tem cerca de 52 milhões de compradores online (o que representa 51,2% da população), esperando-se que, em 2028, 62,5% dos japoneses recorram ao e-commerce para fazer as suas compras. Esta percentagem é bastante superior à média mundial ( 42,8%), à da Ásia Oriental ( 53,1%) e de Portugal ( 55,9%).
As compras através do e-commerce devem crescer a um ritmo médio anual de 10,3%, prevendo-se que, em 2028, atinjam um valor próximo de 194 mil milhões de USD. As vendas de e-commerce no setor de Alimentação deverão ter a maior taxa de crescimento ( 15,2%).
Na análise à realidade do comércio eletrónico no Japão, destaca-se também o facto de ser um dos principais mercados no segmento B2B. Monotaro e ASKUL encontram-se entre os principais marketplaces a operar no Japão.
Em 2024, cada japonês deverá gastar cerca de 2 410 USD em compras online, um valor que deverá aumentar cerca de 5,5% ao ano até 2028 e que é superior à média mundial ( 1 387 USD) e à da China, maior mercado mundial de e-commerce (2 293 USD).
Mais de dois terços dos consumidores digitais japoneses estão na faixa etária entre os 25 e os 54 anos (69,1%), mas a população entre os 55-64 anos representa cerca de 19% do mercado. 71,2% das pessoas que compram online estão em escalões de rendimento médio e alto, sendo que as mulheres usam mais o e-commerce do que os homens (55,3% e 44,7%, respetivamente).
Entre as principais características dos e-consumidores no Japão estão a utilização diária da internet, embora recorram tanto às lojas físicas como às lojas online na altura de comprar. São clientes extremamente exigentes e conservadores, que valorizam a diversidade de oferta.
Os japoneses que fazem compras online usam serviços de chat web, gostam de comparar preços antes de comprar e estão recetivos a programas de fidelização.
A confiança é um dos pontos-chave para vender online para o Japão. Os consumidores recorrem pouco a sites estrangeiros, preferem receber as suas encomendas em um ou dois dias, usam lojas de conveniência como pontos pickup e gostam de acompanhar o envio em tempo real. Assim, para entrar neste mercado é fundamental transmitir confiança quer nos websites usados, quer nos produtos que quer comercializar.
Se vai vender online para o Japão deve ainda ter em conta a necessidade de adaptação à cultura local, nomeadamente no que respeita ao idioma, catálogo e design das plataformas.
A escolha dos mercados mais indicados é um fator de sucesso no e-commerce, mas pode parecer uma tarefa complexa, sobretudo para as empresas que estão ainda a iniciar o processo de internacionalização.
A AICEP, com uma rede externa presente em mais de 50 mercados e um conhecimento profundo do comércio internacional, ajuda a identificar as melhores oportunidades e a encontrar os mercados mais adequados aos seus produtos e à dimensão e capacidade da sua empresa.
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Para maiores desenvolvimentos sobre esta matéria a empresa deve consultar a informação disponível no Quadro Legal e Regulamentar, em Japão | E-Commerce | Portugal Exporta.
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