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O Rakuten é um dos mais importantes marketplaces a nível mundial e um dos mais de 70 negócios de um grupo nipónico fundado em 1997. Esta plataforma opera no Japão, mas permite vendedores estrangeiros, pelo que pode ser uma boa oportunidade para que a sua empresa possa alcançar novos mercados.
Conhecido como “a Amazon do Japão”, o Rakuten é um marketplace ainda pouco divulgado em Portugal, mas com um potencial que pode ser interessante para empresas nacionais que procuram a internacionalização através do comércio eletrónico.
O Rakuten Ichiba é a maior plataforma de e-commerce no Japão e uma das maiores a nível global. Alicerçado num grupo económico que abrange setores tão diferentes como conteúdos digitais, telecomunicações e FinTech, este marketplace tem, de acordo com os dados partilhados pelo próprio, uma quota de mercado de 26,8% em termos de comércio eletrónico no Japão.
Segundo dados da empresa, mais de 80% da população japonesa é membro do Rakuten e mais de 70% dos membros são utilizadores ativos. Além do Japão, a plataforma está disponível em França, Alemanha, Espanha, Ucrânia e Reino Unido.
É um marketplace apelativo para os consumidores, já que, além da diversidade da oferta, que inclui marcas conceituadas, oferece um programa de fidelização, com a atribuição de pontos, descontos e cashback nas compras efetuadas.
O Rakuten tem, como todos os marketplaces, vantagens e alguns pontos menos vantajosos para os vendedores. Por isso, é importante analisar os prós e os contras, comparando com outras opções disponíveis.
Entre as maiores vantagens está a dimensão e importância do mercado japonês, a terceira maior economia a nível mundial. O poder de compra dos consumidores japoneses e a predisposição que têm para as compras online (o Japão é o quarto maior mercado mundial de e-commerce) são outros pontos a favor do Rakuten.
A este interesse pelas compras online junta-se a apetência por produtos estrangeiros, sobretudo se tiverem uma boa relação qualidade/ preço.
Outra vantagem deste marketplace é o facto de ter uma estrutura com apoio personalizado aos vendedores em todas as fases do processo. Pode contar com três tipos de recursos:
1 .Merchant Development Manager: ajuda os comerciantes na seleção de produtos a comercializar, bem como na sua adaptação ao mercado japonês. A identificação de oportunidades e a integração no mercado também são feitas com o apoio deste gestor.
2. Shop Open Advisor: orienta em todo o processo de preparação do lançamento da loja.
3. e-Commerce Consultant: consultoria na análise de mercado, boas práticas de vendas e campanhas de marketing e publicidade.
Mais autonomia e personalização
Além deste apoio e da formação dada aos vendedores, o Rakuten tem ferramentas de marketing que ajudam a alcançar mais consumidores e de uma forma mais eficaz. Um deles é o R-Mail, um serviço de correio eletrónico que informa os clientes sobre novos produtos ou descontos.
O Rakuten permite um maior controlo sobre as questões relacionadas com logística e inventário do que outros marketplaces. Permite igualmente ter uma loja personalizada, o que é um fator importante para manter a identidade da marca e atrair os consumidores.
Os pagamentos relativos às vendas efetuadas são feitos semanalmente, pelo que terá um cash flow mais constante.
Uma das desvantagens do Rakuten é o facto de ser necessário ter na sua equipa alguém que fale japonês, dado que a maioria dos consumidores japoneses não fala inglês. A solução pode passar pela contratação, em outsourcing, de uma agência bilíngue que possa garantir essa comunicação. Aliás, a própria plataforma disponibiliza uma lista de agências que fazem este tipo de trabalho.
Outro desafio são os eventuais riscos cambiais, dado que as vendas são feitas em Ienes.
O facto de o vendedor ter de gerir o inventário e o apoio ao cliente pode, para algumas empresas, ser um contra, já que exige recursos próprios que possam abordar estas questões.
A logística, envio da mercadoria para um armazém no Japão e, posteriormente para o cliente final, pode ser um obstáculo para algumas empresas. O Rakuten recomenda a utilização de uma transportadora japonesa, de forma a que os clientes se sintam mais confiantes.
Existem planos para vendedores dos EUA, China, Coreia do Sul, Reino Unido, Hong Kong, Taiwan, França, Alemanha, Canadá e Austrália, sendo que as empresas provenientes de outros países terão de recorrer a contratos com parceiros aprovados pela plataforma. Estes parceiros funcionam como uma equipa local, cuja missão é apoiar na criação e funcionamento da loja online.
Para vender no Rakuten é necessário fazer uma candidatura, que terá de ser aprovada pela plataforma. Ultrapassada essa etapa, o vendedor passa a ter acesso ao RMS (Rakuten Merchant Server),que permite criar a loja, contando já com o apoio do Shop Open Adviser.
Quando a loja estiver online, ser-lhe-á atribuído um EEC (e-Commerce Consultant / Consultor de e-commerce), que prestará o apoio necessário para aumentar as vendas e potenciar o desempenho da sua marca.
O Rakuten não permite a venda de alimentos frescos, sementes agrícolas, alimentação para animais, produtos químicos na forma líquida, produtos de limpeza, armas, CBD (canabinóides) e produtos usados.
Será ainda necessário que todos os produtos cumpram os requisitos legais necessários para poderem ser comercializados no Japão.
As comissões praticadas pelo Rakuten podem ser consultadas nesta página.
Escolher o melhor marketplace e a melhor estratégia para a internacionalização da sua empresa são passos muito importantes, que devem ser dados com orientação própria. O mesmo se passa com a seleção de mercados.
Para que todas estas fases possam decorrer com sucesso e com base em decisões informadas, há que iniciar o processo com os parceiros certos. A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) é um deles. Comece por se registar na área de cliente do site Portugal Exporta, a MY AICEP. A partir daqui poderá aceder a mais informação e ao aconselhamento necessário para que possa avançar com confiança.
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