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A entrada num novo mercado pode fazer-se através de joint venture ou de um consórcio. Conheça as vantagens e desvantagens de cada estratégia.
A joint venture e o consórcio são duas estratégias de entrada em mercados internacionais em que se criam sinergias para alcançar objetivos comuns. Estas opções permitem reduzir o risco de investimento, aproveitando competências de um parceiro local (no caso da joint venture) ou de um conjunto de empresas (nos consórcios).
Mas qual será a estratégia mais adequada ao seu negócio, sobretudo se está a iniciar o processo de internacionalização da sua empresa?
A escolha da estratégia de internacionalização é fulcral para o seu sucesso, mas depende de uma série de fatores, nomeadamente os objetivos, a capacidade para investimento próprio ou a vontade de controlar total ou parcialmente o negócio.
Quando a expansão se faz com investimento próprio e se pretende o controlo total, as opções passam por uma filial ou uma sucursal. Se a empresa admitir delegar parcialmente esse controlo, então a joint venture ou o consórcio são as hipóteses a considerar.
No caso da joint venture, duas empresas (uma portuguesa e uma local) criam uma terceira para operar no mercado de destino. Já o consórcio representa um grupo de empresas que se juntam para, por exemplo, realizar um projeto de construção num país estrangeiro.
Uma joint venture consiste na criação de uma empresa, resultante da partilha de ativos de duas ou mais empresas. Os parceiros podem contribuir com capital, ativos fixos, tecnologia, patentes, mão-de-obra ou outros ativos.
É, como o nome indica, um empreendimento conjunto de gestão partilhada, que resulta numa entidade autónoma, juridicamente distinta das empresas que lhe deram origem.
A joint venture pode desenvolver atividade produtiva (se for uma fábrica) ou comercial, caso o objetivo seja apenas a venda de produtos.
A criação de uma joint venture pode estar relacionada com o facto de o mercado impor restrições a empresas totalmente estrangeiras, com os obstáculos que possam existir em determinado país – e que são contornados através de uma parceria a nível local – ou com o acesso a recursos humanos mais qualificados ou menos dispendiosos.
Vantagens e desvantagens da joint venture
A joint venture tem como principais vantagens a partilha de know how entre empresas com percursos distintos, mas complementares. O reforço da competitividade e a partilha de custos e riscos são, igualmente, pontos positivos deste tipo de parceria.
A associação com um parceiro local facilita o acesso a este mercado, não só porque fornece mais informação sobre o mesmo, mas também porque permite alcançar uma base de clientes já constituída. Além disso, é uma forma de superar eventuais barreiras aduaneiras e legais.
As empresas que abordarem a entrada num novo mercado através deste tipo de estratégia vão ter mais capacidade de investimento do que se o fizessem sozinhas. Beneficiam ainda da possibilidade de aceder a fundos ou contratos públicos exclusivos para empresas locais.
Entre as desvantagens estão a falta de autonomia, já que a gestão e poder de decisão vão ser partilhados. Esta divisão de poderes será, por vezes, fonte de problemas relacionados com o controlo de operações.
A criação de uma joint venture implica, por outro lado, que se gaste tempo e recursos na pesquisa do parceiro mais indicado. Em certos mercados, a burocracia e a morosidade no processo de criação de empresas também podem constituir um obstáculo.
Um consórcio junta várias empresas com um objetivo comum, como a produção de determinado artigo ou um projeto de construção num concurso público. Geralmente, este tipo de aliança estratégica tem uma duração limitada – por exemplo, o da construção do projeto. As empresas que se juntam num consórcio dividem tarefas e custos de produção.
Uma das principais diferenças entre um consórcio e uma joint venture é que o consórcio não tem personalidade jurídica, ou seja, não é uma entidade distinta das que lhe deram origem nem pode ser considerado uma empresa.
Há diferentes formas de criar consórcios, tendo em conta, por exemplo:
No comércio internacional são comuns os consórcios de exportação, que têm o objetivo promover bens e serviços dos membros no exterior e facilitar a exportação destes produtos através de ações conjuntas.
Vantagens e desvantagens dos consórcios
Entre as principais vantagens está o facto de ser uma solução para ultrapassar as barreiras à internacionalização que os membros, individualmente, não teriam competências nem recursos para superar. É, por isso, adequado para empresas de pequena e média dimensão.
Permite, por outro lado, que as empresas que o formam beneficiem de um grau elevado de independência, o que lhes garante autonomia financeira, legal e administrativa.
O facto de a estrutura do consórcio ser mais flexível, facilita a sua dissolução quando os objetivos são alcançados ou quando se verifica a saída de uma das empresas. Pertencer a um consórcio permite também que, a qualquer momento, um dos seus membros possa desenvolver atividades paralelas nesse ou noutros mercados.
O facto de exigir um investimento menos significativo é outra vantagem deste tipo de abordagem à entrada num mercado. Entre os benefícios de um consórcio estão, igualmente, a partilha de custos e de riscos de internacionalização, a participação conjunta em feiras e eventos e um maior poder de negociação.
Há, no entanto, algumas desvantagens relacionadas com o menor envolvimento e investimento dos participantes, nomeadamente a falta de motivação ou de esforço para que sejam atingidos os objetivos traçados.
A falta de recursos financeiros e de capacidade produtiva e lacunas ao nível da experiência internacional podem igualmente prejudicar o sucesso dos consórcios.
Antes de investir ou definir uma estratégia de entrada num mercado, é fundamental perceber o funcionamento do mercado em questão e a forma como uma eventual parceria pode ser benéfica.
As empresas registadas na área reservada MY AICEP têm acesso a um conjunto de dados e informações relevantes para as tomadas de decisão relacionadas com a internacionalização.
Assim, este pode ser o ponto de partida para a definição de um plano de ação para a internacionalização, em que uma joint venture ou um consórcio são apenas algumas das várias opções disponíveis.
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