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11 de Junho 2024
Vender para a Chéquia: quais são as oportunidades?

Artigo AICEP

A Chéquia está no top 20 das exportações portuguesas. Fique a par de alguns dados que o podem ajudar a conquistar ou a afirmar-se neste mercado.

É um mercado semelhante ao português em termos de dimensão e poder de compra, o que pode ser um fator importante para as empresas que pretendam vender para a Chéquia.

A República Checa, que adotou a designação oficial de Chéquia, integra a União Europeia (UE) e está no top 20 das exportações portuguesas. Há, por isso, boas oportunidades de crescimento e de aprofundamento das relações comerciais entre os dois países.

O que saber antes de vender para a Chéquia?

Conhecer o país através de uma análise aos seus dados estatísticos é um passo essencial antes de definir a estratégia para vender para a Chéquia. O país tem algumas semelhanças com Portugal, nomeadamente ao nível da população (cerca de 10,5 milhões de habitantes).

O PIB per capita checo situava-se em 2023  em 31 559 USD, valor abaixo da média da UE (cerca de 40 827 USD). Com uma taxa de inflação de 10,6%, o país teve, em 2023, uma ligeira queda do PIB (-0,2%) e no consumo privado (-3%).

As exportações de bens e serviços têm um peso elevado no PIB (72,1%), pelo que o crescimento do país foi afetado pela situação nos mercados de destino, principalmente na Europa Ocidental. 

Para 2024 espera-se um crescimento do PIB de cerca de 1,2%, uma evolução dos salários e um crescimento no consumo privado.

A Chéquia destaca-se pelo elevado nível de industrialização, sobretudo no setor automóvel, mas atividades como a metalurgia, máquinas e equipamentos, vidro e armamento também contribuem significativamente para a economia do país. 

No que respeita ao ambiente de negócios, a Chéquia está bem posicionada nos rankings de competitividade (18º/64) e facilidade (24º/176), bem como no ranking global (19º/82).

Os dados das importações e exportações

As importações da Chéquia registaram uma ligeira descida em 2023 (229 mil milhões de USD, quando em 2022 tinham valido 236 mil milhões de USD). Máquinas e Aparelhos (37,7%), Veículos e Outro Material de Transporte (10,8%), Metais Comuns (9,8%), Produtos Químicos (8,4%) e Plásticos e Borracha (6,1%) foram as principais categorias de bens importados.

Mais de metade do valor das importações (54,9%) teve origem em cinco países, quatro deles pertencentes à União Europeia: Alemanha (20,9%), China (17,6%), Polónia (8,0%), Eslováquia (4,4%) e Itália (3,9%). 

No ano de 2023 verificou-se um crescimento no valor das exportações, que subiram de 242 mil milhões de USD em 2022 para 253 mil milhões de USD. As categorias que mais contribuíram para as vendas ao exterior foram Máquinas e Aparelhos (37,6%), Veículos e Outro Material de Transporte (21,5%), Metais Comuns (7,8%), Produtos Químicos (5,1%) e Plásticos e Borracha (5,0%).

Os principais mercados de destino são comunitários e, em conjunto, representam 57,0% do valor das exportações: Alemanha (32,8%), Eslováquia (7,7%), Polónia (7,3%), França (4,9%) e Áustria (4,2%). 

A relação entre importações e exportações é positiva, com uma taxa de cobertura de 110,7% e um excedente de 24 mil milhões de USD. 

Relação comercial com Portugal

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos a 2023 mostram que a Chéquia tem uma quota de 0,8% nas exportações portuguesas de bens, ocupando o 18.º lugar na lista de clientes.

Entre 2019 e 2023 as exportações para a Chéquia cresceram a um ritmo médio anual de 13,4%. Apesar do ritmo das importações ter crescido menos (8,1%), a balança comercial tem sido desfavorável ao nosso país (défice de 141 milhões de euros em 2023).

Máquinas e Aparelhos (37,2%), Veículos e Outro Material de Transporte (14,4%), Plásticos e Borracha (12,4%), Matérias Têxteis (7,4%) e Produtos Químicos (5,8%) constituíram as principais exportações portuguesas para o país. Portugal importou sobretudo Máquinas e Aparelhos (38,2%), Veículos e Outro Material de Transporte (27,0%), Plásticos e Borracha (6,8%), Instrumentos de Ótica e Precisão (5,1%) e Metais Comuns (4,9%).

Mobilidade, engenharia elétrica e eletrónica, engenharia mecânica de alta tecnologia, tecnologias de informação, energia, cuidados de saúde e biotecnologia, agroalimentar e vinhos, cortiça, pasta celulósica e papel são algumas áreas com oportunidades para as empresas portuguesas que tenham interesse em vender para a Chéquia.

Como vender para a Chéquia?

As exportações para a Chéquia são facilitadas pelo facto de o país pertencer à União Europeia, o que significa a livre circulação de bens entre Estados-Membros e a não aplicação de direitos aduaneiros no comércio intracomunitário.

A União Europeia harmonizou a legislação aplicável a muitos produtos e, para os produtos não harmonizados, estabeleceu um princípio do reconhecimento mútuo, o que facilita o comércio em geral (canal tradicional e online).

A legislação aplicável à comercialização dos produtos na UE pode ser consultada através da posição pautal do bem no Access2Markets, na informação relativa ao mercado checo. Aí é referida toda a legislação comunitária e nacional que regula o produto, bem como a entidade nacional responsável no país do comprador.

Apesar de estar na União Europeia, a Chéquia ainda não aderiu ao euro – nem tem ainda data prevista para o fazer – e usa como moeda a coroa checa. Esta é uma situação que as empresas devem ter em conta ao definir a estratégia de exportação, protegendo-se de eventuais riscos cambiais.

A entrada num novo mercado, mesmo que pertencente à UE, obriga sempre a um esforço para conhecer as regras e requisitos legais, bem como os perfis dos consumidores e tendências do mercado.

O registo na área reservada MY AICEP facilita o acesso a esta informação. Permite também fazer um diagnóstico de internacionalização, conhecer os mercados mais adequados para a sua empresa e as oportunidades para o seu setor de atividade.

 

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