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Artigo AICEP
Artigo elaborado em outubro de 2022.
Não é um mercado tradicional para as exportações nacionais e, justamente por isso, exportar para o Canadá pode ser a oportunidade de diversificar e de entrar numa das maiores economias mundiais.
As exportações portuguesas para o Canadá tiveram o seu pico em 2019, com um valor superior a 600 milhões de euros, mas este ímpeto foi travado pela pandemia. Ultrapassado este período mais desafiante, está na altura de redescobrir um país com uma economia sólida, competitiva e transparente e um elevado nível de vida.
É um dos maiores países do mundo em área geográfica e um dos mais fortes do ponto de vista económico, integrando o G7. Com cerca de 38,1 milhões de habitantes e um PIB per capita de 53.307 dólares, tem como fontes de riqueza os recursos naturais, mas também uma enorme capacidade industrial.
Os indicadores económicos são positivos, apesar do contexto internacional. Sendo um importante produtor (e exportador) de petróleo e de gás natural, perspetiva-se um crescimento nestas exportações, bem como nas de cereais, o que minimiza um eventual impacto da guerra na Ucrânia.
Por outro lado, a contração económica causada pela pandemia está a ser ultrapassada pela recuperação do PIB, que deve crescer cerca de 3,8% em 2022.
Este crescimento faz prever um crescimento nas importações de vestuário, calçado, produtos e equipamentos industriais, entre outros, o que são boas notícias para as empresas nacionais destas áreas de atividade.
Se exportar para o Canadá está no plano de internacionalização da sua empresa, saiba ainda que o país é, também, um dos melhores países para fazer negócios (4.º lugar a nível global) e ocupa boas posições nos rankings de transparência (13.º), competitividade (14.º) e facilidade em fazer negócios (15.º).
As oportunidades a conhecer
É um dos países com maiores fluxos de importações e exportações a nível mundial, destacando-se igualmente por ser um importante parceiro em termos de investimento à escala global.
Em 2021 o Canadá fez importações no valor recorde de 489 mil milhões de dólares, sendo as Máquinas e Aparelhos (23,9% do total), Veículos e Outro Material de Transporte (15,6%), Produtos Químicos (10,2%), Metais Comuns (7,4%) e os Combustíveis Minerais (6,2%) os setores mais representados. Quase metade (48,6% do total) das importações chegam dos vizinhos Estados Unidos da América, seguindo-se China, México, Alemanha e Japão. Estes 5 países representam dos, 73,6% do valor das importações canadianas.
Apesar de Portugal não estar representado neste top 5 de fornecedores da economia canadiana, a balança comercial entre os dois países pende para o lado nacional, com um excedente de 172 milhões de euros em 2021.
O Canadá ocupa, na lista das exportações portuguesas de bens, o 26.º lugar, com uma quota de apenas 0,6%. Ainda assim, entre 2017 e 2021 as exportações para este país tiveram um crescimento médio anual de 13,9%.
Produtos Alimentares (18,1% do total), Matérias Têxteis (14,4%), Plásticos e Borracha (11,3%), Metais Comuns (11,1%) e Produtos Químicos (6,9%) foram os bens mais representados na lista de exportações para o Canadá.
Entre as principais oportunidades estão, para além do vestuário e do calçado, os setores da biotecnologia e desenvolvimento de vacinas. Os setores relacionados com o ambiente, nomeadamente em áreas como energias renováveis, economia circular, tecnologias do ambiente e a mobilidade elétrica têm igualmente boas perspetivas neste mercado.
O relacionamento comercial com a União Europeia também é favorável para as empresas que ponderem exportar para o Canadá. O Comprehensive Economic and Trade Agreement (CETA), que entrou em vigor em 2017, eliminou 98,2% dos direitos aduaneiros canadianos, sendo que até 2024 estão a ser progressivamente eliminados os restantes.
Este acordo de comércio tem como vantagens adicionais o facto de simplificar questões burocráticas, regulamentos e procedimentos alfandegários. O CETA traz igualmente novas regras para os requisitos relacionados com a origem e testagem dos produtos.
O objetivo passa também por impulsionar o comércio de produtos de origem animal e vegetal. Por outro lado, o acordo facilita o acesso de empresas europeias aos concursos públicos no Canadá, bem como os investimentos mútuos. Existem igualmente acordos bilaterais com Portugal, incluindo a nível fiscal e de Segurança Social.
Para conhecer de forma mais aprofundada os acordos em vigor e as regras relacionadas com a exportação para o Canadá, pode consultar o portal Access2Markets, selecionando o país de destino e o tipo de produto.
O registo na MY AICEP, o acompanhamento feito às empresas exportadoras por esta entidade e a participação nas formações promovidas pela Academia AICEP são formas de obter informações e aconselhamento úteis para exportar para o Canadá. Caso ainda não tenha iniciado o processo de internacionalização, encontrará aqui os recursos necessários para dar os primeiros passos.
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