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14 de Março 2023
Marketplaces: o que são e tipos de marketplaces

Boas Práticas em Marketplaces

INFORMAÇÃO DE MERCADO
o que é um marketplace

Um marketplace é uma plataforma de venda à distância através da internet, onde se encontram bens ou serviços de diversos fornecedores. Funciona como um mercado ou centro comercial tradicional, mas na vertente online.

É um modelo de negócio de e-commerce em que os clientes têm acesso a um elevado número de fornecedores num único local. Em contrapartida, os fornecedores pagam uma comissão ao marketplace quando é efetuada uma venda.

Os maiores marketplaces do mundo são a Amazon, o eBay, a Etsy, o Mercado Libre e o Alibaba. No entanto, existem muitas outras plataformas, incluindo negócios conhecidos no offline que passaram a integrar um modelo de marketplace na sua plataforma, nomeadamente a Fnac e a Worten.

tipos de marketplaces

Marketplaces B2C, B2B E C2C

Uma das principais diferenças entre marketplaces decorre do modelo de negócio que adotam. Existem três grandes tipos de modelos de marketplaces:

  • marketplaces B2C (business-to-client);
  • marketplaces B2B (business-to-business);
  • marketplaces C2C (consumer-to-consumer).

Os marketplaces B2C (business-to-client) ligam negócios a pessoas. Os vendedores e os seus clientes interagem em plataformas com uma grande variedade de ofertas comerciais num só local, onde um consumidor pode encontrar (quase) tudo o que precisa.

Num marketplace B2B (business-to-business), uma empresa apresenta a sua oferta a outras empresas em condições vantajosas. Um bom exemplo deste modelo é o marketplace Alibaba, que permite a compra em grandes quantidades diretamente a fabricantes principalmente na China, mas também noutras localizações.

No Alibaba (que se autointitula a maior plataforma de negócios B2B online do mundo) são apresentadas mais de 40 categorias de produtos (aparelhos eletrónicos, beleza, vestuário, desporto, casa, jardim, entre outras). Os compradores conseguem encontrar produtos e fornecedores de forma rápida e eficiente, através desta rede de mais de 60.000 fabricantes e mais de 15 milhões de produtos prontos para enviar. Alguns exemplos de marketplaces B2B são o Alibaba, Global Sources, Amazon Business e IndiaMART.

Os marketplaces C2C (consumer-to-consumer) presumem que todos os participantes são iguais, no sentido em que quem vende em marketplaces C2C não são empresas, mas sim consumidores finais, tal como quem compra. Além disso, os papéis desempenhados podem mudar: umas vezes utiliza-se o marketplace para vender, outras usa-se para comprar.

Uma das principais motivações para comprar em marketplaces C2C é poupar dinheiro. Para quem vende, rentabilizar objetos que já não têm utilidade, bem como chegar a clientes para produtos criados por si, são os principais objetivos. Alguns exemplos de marketplaces C2C são o OLX, eBay e Vinted.

Alguns marketplaces C2C começam a tornar-se B2C. O elevado número de consumidores finais presentes nas plataformas C2C, apresenta-se como uma oportunidade para as empresas, que encontram aí uma grande parte do seu público-alvo. Os vendedores negociam o posicionamento dos seus produtos no marketplace, e a plataforma transforma-se parcial ou totalmente num B2C (como aconteceu com a Etsy).

 

Marketplaces de produtos e de serviços

Os marketplaces de produtos são websites que disponibilizam diversos produtos de diferentes vendedores. Amazon, Worten, Fnac e KuantoKusta são exemplos de marketplaces de produtos.

Já os marketplaces de serviços são websites que reúnem fornecedores de serviços. Alguns exemplos deste tipo de marketplaces são o Fiverr (liga empresas com freelancers que oferecem serviços digitais em mais de 500 categorias), Upwork (liga empresas com profissionais independentes e agências em todo o mundo) e Zaask (liga consumidores a profissionais com avaliações para realizar qualquer serviço).

 

Marketplaces verticais e horizontais

Os marketplaces também podem ser classificados por diversidade da oferta. Os marketplaces verticais são mais específicos – vendem produtos de várias marcas, mas focam-se apenas num setor ou indústria, como joalharia ou calçado. Limitando-se a um setor ou nicho específico, estes marketplaces são capazes de oferecer produtos mais especializados aos clientes. O conceito de marketplace vertical permite que as marcas se diferenciem com base na qualidade, conhecimento e experiência no seu ramo.

Com maior especialização, o foco muda para oferecer produtos de melhor qualidade, em alternativa à venda de diversos tipos de bens. As marcas são capazes de se distinguir por vender produtos com ênfase na qualidade, originalidade e inovação, entre outros aspetos.

A experiência de compra também tende a ser melhor nos marketplaces verticais. Como o público-alvo é mais segmentado, é mais fácil corresponder às necessidades do mesmo e proporcionar uma experiência de compra que tem em consideração as necessidades específicas deste tipo de clientes.

Dentro de um ramo vertical de mercado – e consequentemente num marketplace vertical –, os grupos de clientes podem ser definidos e segmentados mais facilmente. Isto faz com que seja mais fácil alcançá-los com campanhas direcionadas, permitindo às empresas começar com um investimento inicial de marketing mais baixo.

Joor, Fibre2Fashion e B2BMetal são exemplos de marketplaces verticais.

Pelo contrário, os marketplaces horizontais não se concentram em categorias específicas de produtos ou em grupos de clientes, mas vendem quase tudo, atingindo um público consideravelmente mais amplo. Seguem o conceito de one-stop shop, uma loja que permite aos compradores adquirir tudo no mesmo lugar. Os consumidores não precisam visitar diferentes websites para comprar diferentes categorias de produtos, pois podem comprar tudo numa só plataforma.

A Amazon e o AliExpress são exemplos de marketplaces horizontais, uma vez que permitem ao consumidor encontrar tudo o que precisa nos seus websites.

 

Marketplaces globais e locais

A abrangência geográfica é um aspeto que também distingue os marketplaces. Os marketplaces globais atuam em diversas regiões a nível global. Numa só plataforma, é vendida uma grande variedade de bens ou serviços de fornecedores de diferentes países ou regiões.

A Amazon, por exemplo, é um marketplace com uma abrangência muito ampla, vendendo em quase todo o mundo. Outro exemplo é a Zalando, um marketplace de moda popular na Europa.

Os marketplaces locais têm uma abrangência mais limitada, restringindo-se habitualmente a um país ou região.

O KuantoKusta.pt é um exemplo de marketplace local. Reúne uma extensa oferta de produtos de diversos vendedores que atuam no mercado português.

Há vantagens e desvantagens em ambos os casos (marketplaces globais ou locais). Enquanto os marketplaces globais são uma forma rápida de alcançar novos mercados, os marketplaces locais tendem a ser mais especializados nos mercados que abrangem. Grandes marketplaces como a Amazon começaram a dividir as operações por região/país (Amazon.de, Amazon.co.uk e Amazon.es, por exemplo). Por outro lado, de modo geral, é mais fácil atuar em marketplaces locais.

 

Marketplaces pure players e de retailers

Os marketplaces pure players vendem exclusivamente através de parceiros (third-party sellers), como o Aliexpress em B2C, o Alibaba, o Faire e o Orderchamp em B2B. Estas plataformas disponibilizam espaço de venda online e recebem uma percentagem por cada venda. Isto significa que não existe concorrência por parte da plataforma nas vendas e que esta se posiciona como parceira dos vendedores.

Os marketplaces de retailers revendem produtos que adquirem das marcas (first-party sellers) e também permitem a terceiros vender o seu próprio catálogo (third-party sellers), que pode conter os mesmos produtos que o retailer. Esta situação leva à concorrência direta na plataforma, o que, associado à prática de preços diferentes, permite ao cliente comparar as ofertas dos vários vendedores para um mesmo produto.

Geralmente, os marketplaces de retailers são de negócios que existiam previamente e que incluíram o modelo marketplaces na sua estratégia de expansão online, como a Amazon, Worten, Fnac ou Decathlon.

 

Marketplaces last milers

Os marketplaces last millers estão associados à entrega de produtos alimentares, bebidas ou pequenos bens, como a Uber Eats ou a Glovo. Em países como os Estados Unidos da América, também existem plataformas especializadas na entrega de encomendas de supermercado, como Instacart. Estes marketplaces servem essencialmente para entregas de compras de lojas físicas ou dark stores (lojas ou restaurantes que são criadas propositadamente para clientes que compram online).

Dark Stores como suporte às vendas online e através de marketplaces

Segundo a plataforma ayming.pt, “As Dark Stores são espaços logísticos – tipicamente instalados em pequenos armazéns – situados nos centros urbanos, perto de aglomerados de consumidores online, dotados de infraestruturas suficientes para armazenar produtos e equipamentos, onde se inicia o processo de separação, empacotamento e etiquetagem das encomendas, dando resposta aos pedidos solicitados, por forma a satisfazer o consumidor online. Nestas zonas de maior densidade populacional, tipicamente encontramos consumidores com hábitos mais vocacionados para o comércio online.

A ideia das Dark Stores é encurtar a distância entre o produto do lojista e o consumidor final, permitindo entregas no próprio dia ou no dia seguinte, uma vez que distribuir produtos no prazo máximo de 2 dias ou mesmo poucas horas depois do pedido ser efetuado pela plataforma online, passou a ser quase que uma exigência ou necessidade por parte do consumidor, algo que originou o desenvolvimento de todo o processo de logística associado.”

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