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Casos de Sucesso: Socem

Grupo SOCEM investe na impressão 3D e na manufatura aditiva para desenvolver protótipos e conquistar novos clientes

O Grupo SOCEM é especialista no fabrico de moldes de injeção e peças plásticas desde 1986, quando foi fundado em Martingança, no município de Alcobaça. É nessa localidade que a empresa tem instalada a fábrica dedicada ao desenvolvimento de moldes e protótipos, à qual se juntam outras duas unidades de produção na Marinha Grande e em Pombal. Nos últimos anos foram também fundadas ou adquiridas empresas de serviços para complementar a oferta aos clientes.

Em 2001 verificou-se a primeira internacionalização do Grupo e nasceu a SOCEM Brasil. Pouco tempo depois, com a aquisição da MAXIPLÁS, o Grupo SOCEM reforçou a sua aposta na injeção plástica. O processo de internacionalização viria a passar novamente pela América Latina em 2015, com a inauguração da SOCEM México. Em 2020 a empresa adquiriu uma segunda unidade de injeção na Marinha Grande.

O Grupo é atualmente composto por nove empresas, duas delas fora de Portugal, e emprega cerca de 600 pessoas. O seu volume de negócios atingiu os 50 milhões de euros em 2021, dos quais cerca de 90% provêm da exportação. A Europa é o principal destino dessas vendas, com a Alemanha no topo da lista dos importadores, mas fora da Europa há também um crescimento considerável no mercado mexicano e no Brasil. 

O setor automóvel é o que tem maior peso no negócio da SOCEM, e foi também um dos mais afetados pela pandemia causada pela covid-19. Os últimos anos foram desafiantes para a empresa, mas em 2022 já se notou alguma recuperação, sobretudo na área dos moldes. “Contrariámos o que estava a acontecer, continuámos a investir”, explica Marco Costa, diretor comercial do Grupo SOCEM. “Temos uma presença global e muito cuidado com as parcerias. Além disso, as tecnologias são facilitadoras e permitem entrar em certos projetos nos quais, de outra forma, não poderíamos entrar”.

Entre as diversas tecnologias usadas no Grupo SOCEM, Marco Costa sublinha a importância da impressão 3D e da manufatura aditiva. “É algo em que fomos pioneiros e temos investido continuadamente. É, muitas vezes, a ferramenta que nos permite estar presente em certos projetos.

INTEGRAÇÃO DA MANUFATURA ADITIVA TEVE INÍCIO EM 1996 E TEM EVOLUÍDO CONTINUAMENTE 

A primeira tecnologia relacionada com a manufatura aditiva adotada pela SOCEM foi uma máquina SLS, ou de sinterização seletiva por laser, que a empresa adquiriu ainda em 1996. Estando diretamente relacionada com a impressão 3D, a manufatura aditiva veio revolucionar o processo de fabrico em muitas empresas por permitir desenvolver produtos de forma rápida e sem necessidade de moldes. No caso da tecnologia SLS, a produção é feita numa máquina de sinterização a laser a partir de materiais em pó, compostos por substâncias plásticas, que são fundidos para dar origem a um objeto sólido. As principais vantagens desta tecnologia, e mais especificamente da máquina DTM Sinterstation 2500 Plus utilizada pela SOCEM, são a capacidade de produzir peças rígidas ou mais flexíveis, mas também a possibilidade de conferir o design e a adequação da peça antes da produção final e de criar protótipos funcionais de forma rápida.

As primeiras tecnologias para a manufatura aditiva estavam ainda a surgir quando Luís Febra, administrador do Grupo SOCEM, considerou que estas poderiam representar uma oportunidade para o crescimento da empresa. “Viu a tecnologia como uma mais-valia para indústria, percebeu o que era e então trouxemos o SLS para cá”, recorda Marco Costa. “Foi a primeira máquina instalada da Península Ibérica.

A principal vantagem desta tecnologia é a capacidade de desenvolver um protótipo e criar um modelo antes de ser feito um investimento maior. “Trouxe-nos a oportunidade de criar, de uma forma rápida e com um custo reduzido, um protótipo da peça que se pretende, por exemplo, uma tampa para uma bateria nova de um automóvel, com fixações próprias e uma certa estrutura”, explica Marco Costa. Com as tecnologias de manufatura aditiva a SOCEM passou a produzir o protótipo de uma peça com o formato final e a poder fazer os testes necessários de resistência e de montagem antes de avançar para a produção em série, que já implica um investimento nos moldes.

O Grupo SOCEM tem apostado na manufatura aditiva ao longo dos últimos anos. Instalou equipamentos SLS mas também impressoras 3D industriais com a tecnologia MJP (Multijet Printing) que permitem executar peças com maior detalhe e formatos complexos. A prototipagem e a manufatura aditiva tornaram-se de tal forma relevantes para o Grupo que levaram à criação de uma nova empresa, a SOCEM INPACT, dedicada à investigação e desenvolvimento nesta área. É aí que hoje trabalha uma equipa de desenhadores de protótipos, designers industriais e técnicos especialistas em tecnologias aditivas.

A manufatura aditiva é algo em que fomos pioneiros e em que temos investido continuadamente. É, muitas vezes, a ferramenta que nos permite estar presente em certos projetos.

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TECNOLOGIA PERMITE FAZER TESTES E ESTUDOS DE FORMA RÁPIDA E COM CUSTOS REDUZIDOS

Com as tecnologias aditivas a SOCEM passou a proporcionar aos clientes a possibilidade de antecipar investimentos e de ter uma peça para fazer testes e estudos de uma forma rápida e com menos custos. “Isso abriu-nos muitas portas enquanto parceiros dessas empresas”, adianta Marco Costa. A impressão 3D conduziu a um crescimento da empresa em termos de negócio, de equipamento, de produção ou de recursos humanos. “Tudo à volta foi crescendo.” 

A adoção das tecnologias aditivas envolveu diversas áreas da empresa, do desenvolvimento de produto à investigação. “Toda a equipa dedicada a estas tecnologias acompanha as novas tendências de fabrico rápido e de desenvolvimento de soluções de produto”, adianta o diretor comercial da SOCEM.

A manufatura aditiva exige um investimento inicial, mas o retorno acaba por surgir passado algum tempo, sublinha Marco Costa. “Os materiais estão mais caros, e essa é a grande dificuldade”. Depois, há também a necessidade de adaptação à tecnologia e de constante atualização, e de conjugar a manufatura aditiva com as características específicas de cada produto.

A pandemia de covid-19 teve impacto no negócio da SOCEM, tal como em quase todas as empresas, e uma das respostas passou pelo fabrico de equipamentos de proteção individual como os óculos e viseiras, produzidos com recurso à impressão 3D.

MANUFATURA ADITIVA PERMITE AO NEGÓCIO ENTRAR EM NOVOS PROJETOS

Grande parte do negócio do Grupo SOCEM está relacionado com o setor automóvel, mas a experiência e a tecnologia de que dispõe faz com que o Grupo pretenda também aumentar o seu negócio em outras áreas. “Existe uma panóplia de indústrias a que poderemos dar resposta”, adianta Marco Costa.

A manufatura aditiva não só se integrou no negócio tradicional da SOCEM, de produção de moldes e injeção plástica, como acabou por complementar essa atividade. “O negócio principal irá sempre assentar no fabrico dos moldes e na injeção plástica ou no fabrico da peça plástica, mas o aditivado, as tecnologias aditivas ou os protótipos, facilitam muito a entrada em certos projetos”, sublinha Marco Costa.

Trouxe-nos a oportunidade de criar, de uma forma rápida e com um custo reduzido, um protótipo da peça que se pretende.

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A evolução da tecnologia aditiva fará com que os protótipos se tornem mais resistentes e que diminua a utilização de ferramentas convencionais. Isso representa um desafio para a SOCEM, uma vez que alguma produção mais convencional poderá ser substituída pela manufatura aditiva. “Por um lado, perdemos parte do negócio em termos de manufatura, mas por sermos conhecedores de tecnologias aditivas poderemos fazer a impressão das ferramentas”, considera Marco Costa.

Haverá, sem dúvida, uma necessidade de acompanhar o mercado, que exige cada vez mais rigor e materiais mais difíceis e mais específicos. Isso obrigará ao investimento em novas máquinas e materiais, conclui Marco Costa, “mas o Grupo SOCEM tentará fazer sempre esse investimento, de forma cautelosa e no tempo certo”.

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