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Casos de sucesso: Salsa

Há 25 anos a inovar no jeanswear

Nasceu numa lavandaria têxtil industrial em Vila Nova de Famalicão e, em 25 anos, chegou a 35 países. Chama-se Salsa e é quase sinónimo de jeans feitos em Portugal, que podem ser encontrados em mais de 120 lojas próprias e centenas de lojas multimarca sobretudo em Espanha, França ou no Médio Oriente.

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Uns jeans nunca são só uns jeans, e que o digam os cerca de 1100 trabalhadores que criam, cortam, tingem ou vendem Salsa. Na fábrica da empresa há quem “pinte” ganga a laser e quem o faça de trincha na mão, quem cuide dos pequenos cortes e do aspeto mais sóbrio ou mais desgastado. A Salsa é uma empresa de vestuário com coleções completas mas o que ali sobressai são as calças de ganga, e não há dois jeans exatamente iguais.

Grande parte da produção, cerca de 65%, é para exportação. Espanha é responsável por cerca de um quarto das vendas da empresa, França quase outro tanto, o Médio Oriente e vários outros países europeus completam a lista de mercados onde a Salsa está presente e para onde vende cerca de 134 milhões de euros.

Hoje a empresa continua a ter as áreas de tinturaria e lavandaria que prestam serviço a marcas externas como a Ralph Lauren, a Zara ou a Massimo Duti, mas os jeans e a marca Salsa são, de longe, o que levou a empresa a distinguir-se em vários mercados. Os modelos push up, por exemplo, fizeram sucesso entre o público feminino e acabaram por tornar-se na especialidade da empresa que tem procurado fazer das suas peças uma segunda pele.

A Salsa começou por ser vendida nas lojas multimarca de vestuário em Portugal, mas em 1998 decidiu abrir primeira loja própria no Norte Shopping do Porto. A empresa foi crescendo em Portugal numa altura em que estavam a ser inaugurados vários centros comerciais, e quatro anos depois chegaria a vez de apostar no mercado espanhol, desta feita através do El Corte Inglés.

“A Salsa teve um sucesso enorme na loja de Lisboa e, logo de seguida, foi convidada a abrir em Espanha. A performance foi muito boa, rapidamente chegámos a novas cidades e hoje temos cerca de 80 lojas nos department stores do El Corte Inglés”, sublinha João Martins, diretor de vendas e expansão da Salsa. Seguiu-se França e depois o Médio Oriente.

A estratégia atual da empresa é desenvolver os principais mercados, queremos chegar a mais clientes em Portugal, Espanha, França e Médio Oriente.

O processo de internacionalização da empresa produtora de jeans contou com alguns sobressaltos, como a desvalorização da moeda local em Angola e a impossibilidade de realizar transferências ou, mais recentemente, o encerramento de lojas e bancos em Beirute devido à crise política no Líbano. “As dificuldades são diferentes em cada país, portanto temos de analisar muito bem o mercado, saber qual é a estratégia e onde é que nos podemos diferenciar da concorrência existente”, adianta o responsável de expansão da Salsa.

Cerca de 40% dos trabalhadores da Salsa está fora de Portugal, desde logo nas lojas da empresa. E, a par das lojas físicas, a Salsa tem investido no comércio eletrónico, que já é responsável por 15% do volume de negócios e tem crescido 25% a 30% todos os anos. Para além da loja própria online, as peças da Salsa podem ser compradas em marketplaces digitais como a Amazon, a Otto ou a Zalando.

Ao longo dos anos a Salsa não tem utilizado um único formato ou modelo de internacionalização, como adianta João Martins.

Nós internacionalizamos através de investimento direto, por exemplo em Espanha, França ou Luxemburgo, onde constituímos empresas locais e gerimos diretamente as lojas. Utilizamos o franchising no Médio Oriente e em África, onde estabelecemos parcerias locais para o desenvolvimento dos mercados. E utilizamos também o formato da joint venture, nomeadamente nas Canárias, onde temos uma sociedade com um parceiro local do qual detemos 60% do capital.

Seja qual for o mercado, é na fábrica da Salsa em Famalicão que são criadas as calças de ganga que se tornaram emblema da Salsa, e é dali que saem cerca de 5000 jeans todos os dias.

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