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Casos de sucesso: Flor da Moda

Consolidar a marca Ana Sousa e apresentar ao mundo a nova Temperatura.

O ano de 2019 foi de grandes mudanças para a Flor da Moda. A empresa separou as águas entre a subcontratação e a marca Ana Sousa, que lançou em 1992, e criou ainda outra marca, a Temperatura, a pensar nas mulheres mais jovens. Com mais de 50 lojas, a Flor da Moda quer fazer do design inovador a bandeira que leva o vestuário feminino de Barcelos a mais de 30 países.

Nas instalações da Flor da Moda, em Barcelos, as saias, blusas e casacos desfilam alinhadas pelo ar. São levadas para o lugar certo pelo transportador aéreo Conveyer, da Eton Systems, que vai encaminhando cada peça para a etapa seguinte da sua confeção. Naquela fábrica são criadas todas as peças da marca de vestuário feminino Ana Sousa, mas não só. É dali que sai tudo o que os clientes da marca Ana Sousa podem encontrar em 56 lojas espalhadas por vários países, sobretudo Portugal mas também Espanha, Luxemburgo, Angola ou África do Sul.

A Flor da Moda tem cerca de 220 trabalhadores e um volume de negócios de 14 milhões de euros, dos quais cerca de 40% provêm da exportação. Está presente em 32 países e a Europa continua a ser o seu principal destino. “Os nossos principais mercados são claramente os mercados europeus, falamos de Espanha, França, Bélgica, países nórdicos, da República Checa ou da Hungria”, diz Rute Sousa, responsável pela área de distribuição da empresa de roupa de mulher. O peso das exportações está ainda abaixo das expectativas, confessa, por isso o objetivo da empresa é aumentar as vendas nos mercados europeus e voltar-se para outros mercados.

Estamos a trabalhar muito o Reino Unido, também a América do Sul, que é claramente um dos continentes em que não temos apostado muito, a Polónia é um país emergente e acaba por ser bastante interessante, e a Alemanha também.

Já passaram quase quatro décadas desde que a empresa foi fundada, em 1981, na altura para se dedicar à confeção de vestuário feminino e masculino. Pouco depois, em 1987, viria a olhar para fora com a participação na Portex, feira de vestuário do Porto.

O mercado português é um mercado pequeno, completamente limitado. Precisávamos de crescer, estávamos dedicados ao mundo da moda, e a moda atravessa fronteiras.

Em 2019 a empresa viveu um recomeço, uma espécie de “ano zero” em que a área de subcontratação para outras marcas, como a Moschino ou a Karl Lagerfeld, foi separada das marcas próprias, tendo sido também lançada a nova marca Temperatura. “Nós prevemos crescer, e esta divisão foi claramente para isso. Foi para crescer com as duas marcas e na produção para outras marcas”, adianta Rute Sousa. “Tornámos a área de produção mais diferenciada e a área de distribuição como se fosse uma outra empresa para não haver confusão de interesses.”

A marca Temperatura é também a nova aposta da empresa de roupa de mulher para aumentar as suas exportações. “É uma marca jovem, muito mais extravagante, para mulheres abaixo dos 35 anos. No fundo é um complemento da marca Ana Sousa”, explica a responsável pela área de distribuição da empresa.

Com uma produção de cerca de 4000 peças por dias, a empresa de roupa feminina tem uma equipa de cinco pessoas dedicada em exclusivo à internacionalização. Depois, em cada país, tem vendedores e empresas especializadas que acabam por fazer o acompanhamento dos clientes. A participação em feiras continua a ser um caminho para entrar em novos mercados, mas está longe de ser o único. Às feiras junta-se uma recolha de informação exaustiva sobre os consumidores e os seus gostos. “Acabamos por fazer muitos estudos internos, até para adaptar a nossa oferta às condições de procura do próprio mercado”, sublinha Rute Sousa.

Ao longo do percurso de internacionalização também houve percalços, em muitos casos relacionados com a escolha do parceiro certo. “A nossa maior preocupação na atualidade é avaliar e encontrar o parceiro adequado. Não importa se tem grande capital financeiro, importa ser um parceiro experiente, com um grande know-how de comércio e de distribuição de vestuário”, diz a responsável pela área de distribuição da Flor da Moda. “A entrada no mercado árabe ou Rússia foram claramente dois exemplos negativos”, adianta. “Escolhemos os parceiros errados, não fizemos a pesquisa certa, ficámos logo à partida iludidos por mercados enormes, com enorme potencial, esquecendo de fazer a pesquisa e a avaliação do parceiro, o que foi, sem dúvida, o nosso maior erro.”

Rute Sousa considera, no entanto, que os principais sucessos da Flor da Moda ainda estão para vir.

Queremos concorrer em novos mercados e evitar os erros do passado.

A responsável da empresa de vestuário feminino considera ainda que “a AICEP tem sido uma boa rampa de lançamento para a entrada em novos mercados”. Os próximos passos, adianta, serão dar a conhecer a nova marca de roupa feminina Temperatura e fazer da Ana Sousa uma marca internacional de referência para Portugal.

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