Academia AICEP

A  AICEP, em parceria com a APICCAPS - Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Sucedâneos, realizou no dia 7 de julho, às 10:00, um webinar dedicado ao Setor do Calçado no mercado russo, no qual form debatidas as melhores abordagens para as empresas que já estão presentes ou pretendam começar a exportar para este mercado. 

A sessão contou com a participação do diretor-geral da APICCAPS, João Maia e do delegado da AICEP na Rússia, Nuno Lima Leite, bem como com a participação de Iraida Molodtsova, importadora russa e especialista no sector calçado e de Fernando Barbosa, empresário importador/distribuidor de calçado português na Rússia.

A Federação Russa é não só uma das doze principais economias mundiais, mas também um dos maiores mercados de consumo da Europa. Cerca de 10% dos seus quase 147 milhões de habitantes dispõe de grande poder de compra, com enorme propensão para o consumo dentro do segmento alto e de exclusividade.

Segundo a consultora DRG, em 2019 o mercado russo do calçado estava avaliado em 351,3 milhões de pares, no valor de 1.510 mil milhões de rublos, o que representou um aumento de 6,6% em volume e de 9,5%, em valor. No mesmo ano, o consumo médio de calçado foi de 2,39 pares per capita, perspetivando uma subida para 2,81 pares per capita em 2024.

A Rússia tem vindo a aumentar as suas importações de calçado, apresentando inúmeras oportunidades para os fabricantes portugueses que ainda não exportam para este mercado. De acordo com o International Trade Centre, em 2019, a Rússia foi o 12º maior importador mundial de calçado, com aquisições ao exterior no montante de 3,0 mil milhões de euros, o que corresponde a 2,3% das importações mundiais deste produto.

Relativamente ao calçado de couro, a Rússia foi o 10º maior importador mundial, com aquisições ao exterior no montante de 1,5 mil milhões de euros, o que corresponde a 2,9% das importações mundiais deste produto. Conforme a mesma fonte, Portugal é o 7º fornecedor de calçado de couro à Rússia, com uma quota de 2,9%, correspondente a 42,2 milhões de euros.

Este webinar teve como objetivo apresentar o atual contexto macroeconómico, levando em conta a situação resultante da pandemia, assim como as tendências e perspetivas (gerais e setoriais) deste mercado, e as suas oportunidades de negócio para as empresas portuguesas.