E-Commerce em França cresce 16% no 3º trimestre de 2022

Segundo a Federação de Comércio Eletrónico e Venda à Distância (FEVAD), o e-commerce em França registou no terceiro semestre de 2022 um crescimento de 16,8% em relação ao período homólogo de 2021, atingindo assim 35,9 mil milhões de euros em volume de negócios.

Apesar do ritmo de vendas online estar a sofrer um ligeiro desaceleramento devido à inflação e à crise energética, a tendência de crescimento volta a verificar-se nas vendas de serviços e produtos combinados, representando um aumento geral de 8,8%. No 3º trimestre de 2022 realizaram-se 560 milhões de transações online em França.

O facto de se ter observado uma quebra de 15% na venda de produtos online durante o primeiro semestre não se traduz diretamente num balanço negativo para o setor, muito pelo contrário, pois o comércio eletrónico beneficiou de uma dinâmica real e estrutural observável a longo prazo. Apesar deste decréscimo, esperado após o aumento exponencial durante os períodos de confinamento, é importante mencionar que as vendas online de bens no terceiro trimestre de 2022 em França são 30% mais elevadas que o mesmo período de 2019 (pré-covid).

Vários indicadores trimestrais apresentaram resultados igualmente positivos, nomeadamente o progresso do montante médio do cabaz de compra online de bens e serviços, que atingiu os 64 euros (mais 7,3% face ao terceiro trimestre de 2021), e o aumento do número de websites ativos (apesar da desaceleração em 6% em relação ao período homólogo do ano passado).

Outro elemento a reter do balanço da FEVAD é em relação ao e-turismo, que já tinha registado um aumento significativo no terceiro trimestre de 2021 (mais 197%) e que voltou a crescer cerca de 28% em relação ao período homólogo do presente ano civil. De uma maneira geral, esta tendência crescente tem sido justificada pelo desejo dos franceses de viajarem num contexto de declínio de pandemia.

Regista-se ainda um incremento das vendas em marketplaces que aumentaram 5% face ao ano passado. Em boa verdade, se compararmos com o período pré pandemia de 2019, esta progressão é ainda mais espetacular, com um aumento de quase 23% no espaço de 3 anos.