Brasil recebe literatura portuguesa de braços abertos

A representação oficial portuguesa, composta por 21 autores portugueses e de países africanos de língua oficial portuguesa e de Timor-Leste e por dois chefs de cozinha, desembarcou no Brasil para participar na 26.ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se realizou entre 2 e 10 de julho, no Expo Center Norte.

Portugal foi o país convidado da Bienal do Livro de São Paulo no ano em que se comemora o bicentenário da Independência do Brasil, tornando este convite simbólico.

O mote para a participação portuguesa foi a frase "É Urgente Viver Encantado", de Valter Hugo Mãe, um dos escritores portugueses mais conhecidos no Brasil.

Com o objetivo de promover os autores portugueses, a ideia passou por oferecer aos mais de 500 mil visitantes uma programação multicultural, cuja curadoria ficou a cargo da jornalista e escritora Isabel Lucas, que misturou literatura, gastronomia, cultura e negócios.

Além de reforçar o conhecimento da cultura literária portuguesa no Brasil, esta participação apoiou ainda a cooperação entre editoras portuguesas e brasileiras e promoveu os autores portugueses no mercado brasileiro.

No stand português, que incluiu um auditório, uma livraria, um espaço infantojuvenil e uma zona multiusos, foram apresentadas diversas exposições com conteúdos diversificados, como por exemplo exposições dedicadas ao Prémio Camões e a José Saramago.

De referir ainda a iniciativa “Portugal Inova”, organizada pela AICEP, a APIGRAF (Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel) e a ABRIGRAF (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), que, através de conversas e apresentações interativas, disponibilizou ao mercado brasileiro informação sobre a oferta portuguesa do setor, destacando a sua componente de inovação. Este evento permitiu o debate do panorama atual da indústria gráfica, que passa por constantes e importantes mudanças, incorporando uma transformação digital que visa garantir a sustentabilidade do setor.

Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa, Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura, e Francisco André, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, visitaram o pavilhão de Portugal no dia 3 julho.